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segunda-feira, 17 de julho de 2023

Qual é o futuro da Embraer?

 Difícil tentar prever o futuro de qualquer empresa porque o sistema oferta-demanda obedece regras complexas de mercado, que, por sua natureza, são difíceis de antecipar até por especialistas (e muito menos por mim, que sou aviador e pouco entendo da área corporativa).

Mas a EMBRAER é uma empresa que muito sabiamente se especializou em diversos segmentos da aviação. E diversificação é um conceito muito importante no mercado:

Aviação militar, comercial, executiva, agrícola entre outros segmentos. Com expertise em um portfólio tão diversificado, espera-se que pouco sucesso em uma área possa ser compensado em outra. Poucos fabricantes de aviões tem essa capacidade. E a EMBRAER já provou a qualidade de seus produtos em todos esses campos, há décadas.

O Tucano revolucionou o nicho de treinadores turbohélices com assentos ejetáveis e em tandem (um atrás do outro). Vários fabricantes passaram a adotar esse design em seus produtos. O Super Tucano veio algumas décadas depois e arrebatou o mesmo sucesso. Já foi exportado para mais de 15 países, incluindo o gigante militar Estados Unidos.

E a diversificação ocorre também dentro do mesmo segmento: o terceiro KC-390 foi recentemente incorporado à FAB. Um transportador e reabastecedor concebido para competir com o “monopólio” de nicho do C-130 Hercules. Ousados.

E irão fabricar sob licença o supersônico Gripen. Tudo isso só divisão de produtos de defesa.

Aviação regional então, nem se fala. A família E-145, seguida da família E-170/190 foram e são um sucesso de vendas. As duas somadas já venderam mais 3600 unidades, e operam em todos os cinco continentes. Não é pra qualquer um. O sucesso desse segmento motivou a (agora frustrada) fusão com a Boeing.

Como a resposta está ficando muito longa, vou resumir logo para a conclusão, sendo que nem falei (e ainda teria muito o que comentar) sobre aviação executiva:

Enfim: fui por muitos anos usuário dos produtos da EMBRAER como piloto (Tucano e Super Tucano) e ainda sou como passageiro (Bandeirante, Brasília, EMB-145, EMB-190, R-99, Phenom, etc.). Já visitei as instalações em São José dos Campos. Eles sabem o que fazem. Tenho certeza que o “produto” é bom, e ter um produto bom é essencial para uma empresa garantir sua existência.

Dessa forma, como um mero “consumidor” sem conhecimento empresarial, acredito que o futuro da EMBRAER seja a continuação da empresa reconhecida e respeitada mundialmente que é hoje no mercado da aviação, em seus vários segmentos. Eles não chegaram até aqui à toa e não devem sumir tão cedo

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