Para lembrar o belo Museu TAM, anteriormente denominado Museu Asas de um Sonho, que existia na cidade brasileira de São Carlos, no interior do estado de São Paulo, a uma distância rodoviária de 231 quilômetros da capital paulista e com população estimada em 2019 de 251.983 habitantes, que este blog está republicando a postagem de 2013 com mais fotos e uma nova descrição para recordar este museu de aviação que era o orgulho do Brasil.
O museu que esteve aberto por pouco mais de nove anos se encontra fechado, desde o final de janeiro de 2016, sem previsão de reabertura. Na época, se ainda não o é, foi o maior museu de aviação do mundo mantido por uma companhia aérea privada.
- O acidente aéreo de Milton Verdi: o valor da água e de um prato de comida
Ada Rogato, pioneira da aviação civil no Brasil
“Jahú” o hidroavião que atravessou o Atlântico Sul em 1927
O Lockheed L-049 Constellation da Panair do Brasil no Museu TAM
O museu era o grande sonho do comandante Rolim Adolfo Amaro, fundador e presidente da TAM Linhas Aéreas, e de seu irmão João Francisco Amaro, que foi inaugurado experimentalmente no dia 11 de novembro de 2006, no distrito de Água Vermelha, em São Carlos, anexo ao Aeroporto de São Carlos e LATAM MRO.
O espaço foi aberto com 32 aeronaves e chegou a abrigar quase 100, a maioria delas em condições de voo. Entre os destaques estavam o Lockheed Constellation da Panair do Brasil, o primeiro a fazer viagens entre continentes, réplicas do 14-bis e do Demoiselle, modelos construídos por Santos Dumont, exemplares do caça alemão Messerschmitt Bf 109 e do caça inglês Supermarine Spitfire, utilizados na Segunda Guerra Mundial além dos holandeses Fokker 27, Fokker 50 e Fokker 100, que foram utilizados pela companhia. A inauguração também fez parte das comemorações dos 150 anos da cidade de São Carlos.
Em 29 de janeiro de 2016, o Museu TAM foi fechado para manutenção, sem previsão de retorno. Notícias davam conta de que a crise financeira levou a companhia a tomar a decisão e na época comentava-se que havia negociações com a Força Aérea Brasileira, que ficaria com o acervo, expondo-o na base de Campo de Marte, na capital paulista. Porém não se concretizou e nem há informações a respeito.
No entanto, em 12 de maio de 2018, foi acertada a transferência do acervo do Museu TAM para novas instalações, a serem construídas no local onde se encontra o Memorial Aeroespacial Brasileiro, na cidade de São José dos Campos, estado de São Paulo, onde estão a sede da Embraer e o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), anexo ao Aeroporto de São José dos Campos. O acordo foi realizado na presença do presidente do Museu da TAM, João Amaro, do prefeito de São José dos Campos, Felício Ramuth, do coronel Ozires Silva e demais autoridades do museu e da cidade. Porém para os entusiastas da aviação militar e civil, como o autor deste blog que planejava revisitar o museu, essa transferência também não se concretizou até esta data de abril de 2020. Uma pena!
História
Em 1996, depois de terminar o trabalho de restauração de um velho monomotor Cessna 195, os irmãos Rolim Adolfo Amaro e João Francisco Amaro decidiram comprar algumas aeronaves clássicas e mantê-las nas proximidades de São Paulo, a fim de deixá-las disponíveis para voos de finais de semana com os amigos.
Contudo, depois de adquiridas, percebeu-se que a pequena coleção poderia tornar-se um museu representativo para a memória da aviação brasileira e mundial. Foi então que em 1996 decidiram criar o “Museu Asas de um Sonho”, originalmente mantido pela Educação Assistência e Cultura (Eductam), uma associação sem fins lucrativos fundada pela TAM em 23 de dezembro de 1991, para administrar os programas sociais da empresa.
Reforma
Em julho de 2008, o Museu entrou em reforma para expandir sua antiga área construída coberta, de 9,5 mil m² para mais de 20 mil m², reabrindo em 13 de junho de 2010.
Em 26 de fevereiro de 2011, o museu ganhou mais duas aeronaves: um Hawker Siddeley HS-125 doado pela FAB (Força Aérea Brasileira) e um ultraleve Roloff-Unger RLU-1 Breezy Pusher, integralmente construído e montado nas oficinas de restauração da instituição, totalizando 76 unidades em exposição.
Em 24 de outubro de 2011, em comemoração ao Dia do Aviador, celebrado em 23 de outubro, o Museu TAM anunciou a incorporação de três novos aviões: Tenco Globe Swift, Ryan PT-22 Recruit e uma réplica em tamanho real do Blériot XI, construído e doado ao museu por Daniel Augusto Rizzi Salvadori, Luis Guilherme Camps e Pierre Artur Camps. Em julho de 2012 o museu bateu recorde de visitas em um único dia.
Atrações
O espaço contava com memorial da empresa, coleção de objetos ligados à aviação, modelos em escala, uniformes, espaço para crianças, simuladores, drones, equipamentos aeroportuários antigos, motores aeronáuticos, carros de competição, além do acervo com 115 aeronaves históricas, das quais 91 expostas e 24 em processo de restauro.
Havia também uma réplica do “DSL São Paulo” ou “D.S. De Lavaud”, que fez o primeiro voo da América Latina em 1910, que é uma façanha esquecida, do inventor franco-brasileiro Dimitri Sensaud de Lavaud que projetou, construiu e voou com seu aeroplano.
o Museu TAM estava localizado na Rodovia Thales Peixoto (SP-318), km 249,5, no distrito de Água Vermelha de São Carlos, onde ainda funciona a oficina de aeronaves da empresa aérea que, hoje, teve a denominação alterada de TAM para LATAM.
VISTA GERAL DO MUSEU TAM, AS ATRAÇÕES, AERONAVES DE USO MILITAR, CIVIL E HISTÓRICOS
Início da visita
O início obrigatório da visita se fazia por um corredor cultural bem elaborado, com informações da aviação e outros feitos como o aeroespacial.
Vistas gerais do Museu
Loja de souvenirs
Algumas aeronaves de uso militar
- A republicar: postagem atualizada com mais fotos de aeronaves militares
Algumas aeronaves civis
- A publicar: postagem com as aeronaves civis expostas no Museu TAM
Exposição de uniformes de aeromoças
Pioneiros – réplicas
HISTÓRICOS
Milton Verdi
Caso Milton Verdi foi um notório acidente aéreo protagonizado pelo piloto brasileiro Milton Verdi e seu cunhado, no território boliviano, em 1960. Após um pouso de emergência numa clareira na selva, Milton passou mais de dois meses sobrevivendo à fome, sede e frio, mas faleceu de inanição, deixando anotações sobre seus últimos dias no verso de mapas e revistas. O caso comoveu os brasileiros graças às notícias que circularam na época. A aeronave foi recuperada apenas no ano 2000, com autorização da família do piloto e está exposta junto a um diorama do acidente, no Museu TAM, na cidade paulista de São Carlos.
Ada Rogato
- Conheça a história na postagem: Ada Rogato, pioneira da aviação civil no Brasil
Ada Leda Rogato (São Paulo, 22 de dezembro de 1910— São Paulo, 15 de novembro de 1986) foi uma pioneira da aviação no Brasil. Foi a primeira mulher a obter licença como paraquedista, a primeira volovelista (piloto de planador) e a terceira a se brevetar em avião (1935). Também se destacou pelas acrobacias aéreas e foi a primeira piloto agrícola do país. Voando em aeronaves de pequeno porte e – ao contrário de outras famosas aviadoras – sempre sozinha, a fama nacional e internacional cresceu a partir dos anos 1950, graças à ousadia cada vez maior das proezas, que fizeram dela.
JAHU (HIdroavião)
- O feito do Jahu nesta postagem: “Jahu” o hidroavião que atravessou o Atlântico Sul em 1927
Jahu é um hidroavião Savoia-Marchetti S.55 (versão C), o último de seu modelo no mundo. Destacou-se por ser a aeronave com a qual João Ribeiro de Barros, junto com o co-piloto João Negrão, o navegador Newton Braga e o mecânico Vasco Cinquini, fizeram a terceira travessia aérea do Atlântico Sul, a primeira da história sem escalas, em 1927.
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